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Concepções de alunos do Ensino Secundário acerca de um "químico"
2006-01-25
Autores:
José Miguel Assunção
Orientadores:
Maria Gabriela T. C. Ribeiro
António Fernando Silva
Instituições:
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Resumo:
Esta tese desenvolveu-se no âmbito do Mestrado em Química para o Ensino da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Pretendeu-se com este estudo identificar as ideias dos alunos acerca do que significa a palavra "químico" quando aplicada a uma profissão (características da sua personalidade, local e áreas de trabalho, papel na resolução ou agravamento de problemas que a humanidade enfrenta), as fontes de informação que podem ter contribuído para essas ideias, os cursos que os alunos são capazes de identificar que permitem o exercício da profissão de químico e se os alunos consideravam a hipótese de vir a optar por essa profissão. Neste estudo foi utilizado como instrumento de trabalho um questionário. O estudo envolveu 488 alunos do ensino secundário da área Científico-Tecnológica de seis escolas do distrito do Porto. Os rapazes associaram mais o trabalho desenvolvido por um químico a sectores industriais, enquanto as raparigas a sectores relacionados com a investigação e o ambiente. A maioria dos alunos conhecia algum curso na área da Química, sendo os cursos mais referidos Engenharia Química e Química. O químico foi caracterizado pela maioria dos alunos como alguém que era mais cuidadoso, mais trabalhador e mais responsável do que os próprios. Simultaneamente o químico também foi visto como alguém mais egoísta, mais desumano, com um espírito mais fechado, menos preocupado com a paz e menos religioso do que os próprios alunos. As principais fontes de influência na idealização da imagem de um químico foram os professores, a televisão, filmes, livros e jornais ou revistas. Os alunos consideraram que o trabalho desenvolvido por um químico contribuía mais para a resolução do que para o agravamento dos seguintes problemas: buraco de ozono, aquecimento global, desflorestação, escassez de água potável, novas doenças/vírus e esgotamento de recursos naturais. Ao longo do ensino secundário houve uma diminuição dos alunos que consideraram viável a hipótese de prosseguir estudos na área da Química sendo referido pelos alunos que não tinham interesse por esta área ou que não gostavam de química.