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Métricas de Avaliação da Química Verde – Aplicação no Ensino Secundário - tese de doutoramento
2012-01-29
Autores:
Dominique A. Costa
Orientadores:
Adélio A. S. C. Machado
M. Gabriela T. C. Ribeiro
Instituições:
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Resumo:
Esta tese desenvolveu-se no âmbito do doutoramento em Ensino e Divulgação da Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Neste trabalho desenvolveu-se e testou-se uma métrica holística semi-quantitativa de verdura – a Estrela Verde (EV) – para avaliar a verdura das atividades experimentais, nomeadamente em laboratórios de ensino, no âmbito da Química Verde (QV). Esta métrica foi utilizada na avaliação da verdura das atividades laboratoriais dos atuais programas de Química do 10º e 11º ano, o que permitiu verificar a existência de variados problemas quanto à verdura das experiências e sugere que parte destas devem ser revistas ou substituídas. A EV mostrou-se uma métrica útil e eficaz para avaliação da verdura de experiências, nomeadamente reações químicas, uma vez que tem em linha de conta os 12 princípios da QV de uma forma global e sistemática. Para além disso, a EV tem outras vantagens, tais como: é sensível a variações da verdura atómica da reação, pode ser usada na avaliação prévia da verdura de uma reação química a partir de um protocolo, permite detetar, por simples inspeção visual, quais os aspetos a otimizar para conseguir uma maior verdura e é de construção simples.
Noutra linha de trabalho, para analisar e avaliar as atividades laboratoriais numa perspetiva Ciência, Tecnologia, Sociedade e Sustentabilidade (CTSS), construiu-se uma ferramenta SWOT, englobando na avaliação aspetos relacionados com a Tecnologia, Sociedade e Sustentabilidade. As atividades experimentais dos atuais programas foram avaliadas do ponto de vista do cumprimento da postura CTSS, tendo-se concluído que uma percentagem significativa das atividades não apresenta adequação a esta. A análise SWOT poderá ser útil na avaliação, no desenho, ou no redesenho de atividades laboratoriais, tendo em vista a sua inserção num ensino da Química de cariz CTSS.
Realizaram-se ainda reações de síntese, o ciclo do cobre e a síntese da dibenzalacetona, com o objetivo de avaliar a variação de verdura química utilizando métricas de QV, incluindo a EV, nomeadamente eventuais influências na verdura, de mudanças para optimização de sínteses e de escala de realização laboratorial. Concluiu-se que, para estimular a aquisição de conhecimentos sobre QV, a realização das sínteses em sala de aula deve seguir uma metodologia que permita aos alunos pensarem e aplicarem os princípios da QV em situações reais, avaliando a verdura dos protocolos propostos e de possíveis alterações introduzidas, e encontrarem confirmação experimental através do cálculo de métricas da QV
Finalmente, o presente trabalho, permitiu concluir que é imprescindível incorporar nos currículos de Química do secundário novos conceitos para inclusão da nova postura de ensino e prática da Química que é a QV, nomeadamente sobre os princípios e as métricas, sendo para isso a realização de atividades experimentais um dos caminhos a seguir.
VER TESE de Dominique A. Costa.pdf